Nesta próxima terça-feira, dia 5, terá início um raro trânsito de Vênus, em que o planeta passará entre a Terra e o Sol. O evento incomum só voltará a acontecer em 2117. Por conta disso, escolas, museus e até os astronautas da Estação Espacial Internacional estão se preparando para acompanhar o evento. Além disso, várias festas ao redor do mundo estão sendo preparadas para observar o fenômeno.
O trânsito terá início na terça-feira às 18h09 (horário de Brasília), a oeste do Meridiano de Greenwich e na quarta-feira a leste dele. A duração prevista é de seis horas e 40 minutos. No Brasil, ele será visto apenas no extremo oeste do país, durante o pôr-do-sol. O melhor lugar para visualização será no oeste do Pacífico, no leste da Ásia e leste da Austrália.
Por que este evento é tão importante ?
Os trânsitos de Vênus acontecem aos pares, com oito anos de intervalo, e mais de um século entre os ciclos. Durante a passagem, Vênus surge como um pontinho escuro e circular passando na frente do Sol.
O trânsito de terça-feira, "complementando" o de 2004, começa às 19h09 (hora de Brasília) e dura seis horas e 40 minutos. Os horários podem variar em até sete minutos, dependendo da localização do observador.
Em sete continentes, inclusive a Antártida, os observadores poderão ver o fenômeno de forma total ou parcial. Ele só deve ser observado com telescópios equipados com filtros solares, para proteger os olhos.
Pela internet, um arsenal de telescópios terrestres e espaciais irá divulgar fotos e vídeos ao vivo. Até astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional irão participar.
"Faz tempo que estou planejando isso", disse o engenheiro de voo Don Pettit em entrevista para a Nasa. "Eu sabia que o trânsito de Vênus aconteceria durante o meu turno, então trouxe um filtro solar comigo."
E o evento não se resume a belas fotos. Várias experiências científicas estão planejadas, inclusive estudos que ajudariam na busca por planetas habitáveis além da Terra.
Isso porque essa busca é feita quando planetas extrassolares passam diante das suas estrelas, como Vênus diante do Sol. O trânsito desta semana será uma oportunidade de mensurar a densa atmosfera venusiana, e os dados serão usados no desenvolvimento de técnicas para a mensuração de atmosferas de outros planetas.
As pesquisas também podem revelar por que a Terra e Vênus, que têm quase o mesmo tamanho e orbitam a quase a mesma distância em relação ao Sol, são tão diferentes.
Vênus tem uma atmosfera sufocante, cem vezes mais espessa que a nossa, e quase toda composta por dióxido de carbono, um gás do efeito estufa que eleva a temperatura de lá a quase 500ºC. Enormes nuvens de ácido sulfúrico se deslocam a 350 quilômetros por hora, causando tempestades ácidas. Tudo isso pode ajudar os cientistas a entenderem as mudanças climáticas na própria Terra.
Durante trânsitos anteriores de Vênus, os cientistas puderam calcular o tamanho do Sistema Solar e a distância entre o Sol e seus planetas.
O trânsito de terça-feira é apenas o oitavo desde a invenção do telescópio, e será o último até 10/11 de dezembro de 2117.
Esse é também o primeiro trânsito ocorrido na presença de uma sonda terrestre em Vênus.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqZNdCLNRtRLVd4tcS7DEnRrlNveJN-TMZPCcUGW6xFghjQkHwH1Y_LrS_UzPjm-V0iG_ytPQmYM0rfMJvQ-r8xvdPtqhXEia_sl4AhgMp61a0u7nvvsywW7kxl2Y_2XyNOaWAjuDnC4pW/s200/venus_(1).jpg)
Este é com certeza o acontecimento astronômico mais importante de 2012 ( também conhecida como a conjunção inferior de Vênus com o
Sol ),chamada de “trânsito de Vênus”, que ocorrerá no dia 5 de junho, quando o
planeta mais próximo da Terra poderá ser visto por poucas horas eclipsado, com auxílio de
telescópio, a partir de alguns lugares em nosso planeta. Trata-se de um evento de grande
raridade. Somente algumas gerações são privilegiadas com tal oportunidade, pois ocorre
apenas um par dessas conjunções especiais a cada oito anos, num intervalo de um pouco mais
de um século (121,5 anos).
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Foto de Vênus em 2004 |
É grande o interesse que o trânsito de Vênus pelo Sol sempre despertou nas sociedades
científicas astronômicas, pois, como a “vara do agrimensor”, permitia a aplicação direta das
antigas regras da geometria euclidiana para a medição e correção das distâncias entre o Sol e a
Terra, e o tamanho de nosso universo: a paralaxe. A ocultação de 1761 levou à criação da
Unidade Astronômica e, com isso, foi possível aprimorar a precisão dos cálculos. Séculos atrás,
expedições se lançaram ao mar em busca de um ponto ótimo para observação desse
fenômeno. Pessoas morreram em algumas dessas expedições e muitos astrônomos sentiram se frustrados por não terem nascido em épocas em que pudessem observar os trânsitos de
Vênus e confirmar suas predições.
Também para a astrologia esse evento tem grande significação, primeiro porque amplia o
campo de percepção da matriz de tempo, revela a existência de ciclos dentro de ciclos, liberta
o planeta Vênus da moldura limitada de significados pessoais até então atribuídos a ele, tais
como amor, prazer, sedução, sensibilidade, relacionamentos, busca de harmonia ou expressão
de arte e beleza, arquétipos e deusas femininas, incluindo os câmbios de valores, dinâmicas e
movimentos de mudanças sociais e da consciência humana, dos sistemas de crenças e modo
de pensar e sentir que matizam a época que se segue ao trânsito. Por milhares de anos esses
pares de ocultações ocorrem em Gêmeos, alternando Sagitário, signos relacionados com o
eixo do pensamento e formação da visão e de significado, onde se encontram os seus nodos
(http://eclipse.gsfc.nasa.gov/transit/catalog/VenusCatalog.html).
Os ciclos de Vênus com o Sol foram particularmente registrados em tábuas de argila pelos
antigos mesopotâmios e também nos calendários maia e asteca, com impressionante precisão. Os antigos povos de Mesoamérica e México Central levantaram gigantescos observatórios
astronômicos, pirâmides e templos, prioritariamente para rituais e observações dos planetas,
em particular de Vênus, que era representado por cinco diferentes deuses guerreiros
(Quetzalcoatl entre os Maias, e Kukulcán entre os Astecas) que traziam augúrios para os
períodos de seus cursos celestes, sinalizando os momentos de sua aparição matutina e
vespertina. Cada curso tem a duração de um ciclo completo de 584 dias, repetindo-se de oito
em oito anos. As cinco conjunções inferiores de Vênus com o Sol, que ocorrem a cada oito
anos, quando marcadas nos graus zodiacais desenham com perfeição uma estrela de cinco
pontas e sugerem que os atributos de Harmonia e Beleza derivam da observação dos ciclos da
natureza, que antecede e dá origem ao Mito: Afrodite nasce de dentro de uma concha que
faz alusão ao Nautilus, o molusco que se desenvolve em uma espiral logarítmica que obedece
a mesma proporção áurea do pentagrama, não alterando o seu padrão de crescimento, a
conhecida série de Fibonacci: 1+1=2; 2+1=3; 3+2=5; 5+3=8; 8+5=13; 8+13=21; 21+13=34...
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