Em Paris
Um grupo internacional de paleontólogos afirmou ter descoberto pequenas lâminas em uma caverna da África do Sul que comprovam que o homem arcaico era um pensador avançado e que fazia instrumentos de pedras há 71 mil anos atrás - antes do que se achava até agora. Publicada na revista Nature, a pesquisa foi liderada por Curtis Marean, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, e contou com a ajuda de pesquisadores da África do Sul, da Austrália e da Grécia.
As descobertas sugerem que nossos primeiros antepassados da África tinham uma capacidade maior para o pensamento complexo e a produção de armas deu a eles uma vantagem em termos de instinto evolucionários sobre o homem de Neanderthal, segundo os autores do estudo.
Os cientistas concordam que nossa linhagem apareceu na África há mais de 100 mil anos, mas há muito debate sobre quando a personalidade cultural e cognitiva do Homo sapiens começou a se assemelhar com a do homem moderno. As pequenas lâminas achadas na África do Sul teoricamente teriam sido manufaturadas entre 65 mil e 60 mil anos.
Agora, a equipe liderada por Marean descobriu lâminas muito mais antigas, chamadas microlíticas e produzidas com lascas de pedra aquecidas, em uma caverna perto da Baía de Mossel, no litoral sul da África do Sul.
"Nossa pesquisa mostra que a tecnologia microlítica se originou na África do Sul, evoluiu durante um longo período de tempo [cerca de 11 mil anos] e tinha um complexo tratamento com calor", descreve o autor do estudo. "Tecnologias avançadas na África eram antigas e duradouras."
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