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terça-feira, 5 de junho de 2012

Trânsito de Vênus


Nesta próxima terça-feira, dia 5, terá início um raro trânsito de Vênus, em que o planeta passará entre a Terra e o Sol. O evento incomum só voltará a acontecer em 2117. Por conta disso, escolas, museus e até os astronautas da Estação Espacial Internacional estão se preparando para acompanhar o evento. Além disso, várias festas ao redor do mundo estão sendo preparadas para observar o fenômeno. O trânsito terá início na terça-feira às 18h09 (horário de Brasília), a oeste do Meridiano de Greenwich e na quarta-feira a leste dele. A duração prevista é de seis horas e 40 minutos. No Brasil, ele será visto apenas no extremo oeste do país, durante o pôr-do-sol. O melhor lugar para visualização será no oeste do Pacífico, no leste da Ásia e leste da Austrália. 

 Por que este evento é tão importante ? 

 Os trânsitos de Vênus acontecem aos pares, com oito anos de intervalo, e mais de um século entre os ciclos. Durante a passagem, Vênus surge como um pontinho escuro e circular passando na frente do Sol. O trânsito de terça-feira, "complementando" o de 2004, começa às 19h09 (hora de Brasília) e dura seis horas e 40 minutos. Os horários podem variar em até sete minutos, dependendo da localização do observador. 
Em sete continentes, inclusive a Antártida, os observadores poderão ver o fenômeno de forma total ou parcial. Ele só deve ser observado com telescópios equipados com filtros solares, para proteger os olhos. Pela internet, um arsenal de telescópios terrestres e espaciais irá divulgar fotos e vídeos ao vivo. Até astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional irão participar. "Faz tempo que estou planejando isso", disse o engenheiro de voo Don Pettit em entrevista para a Nasa. "Eu sabia que o trânsito de Vênus aconteceria durante o meu turno, então trouxe um filtro solar comigo."

 E o evento não se resume a belas fotos. Várias experiências científicas estão planejadas, inclusive estudos que ajudariam na busca por planetas habitáveis além da Terra. Isso porque essa busca é feita quando planetas extrassolares passam diante das suas estrelas, como Vênus diante do Sol. O trânsito desta semana será uma oportunidade de mensurar a densa atmosfera venusiana, e os dados serão usados no desenvolvimento de técnicas para a mensuração de atmosferas de outros planetas. As pesquisas também podem revelar por que a Terra e Vênus, que têm quase o mesmo tamanho e orbitam a quase a mesma distância em relação ao Sol, são tão diferentes. Vênus tem uma atmosfera sufocante, cem vezes mais espessa que a nossa, e quase toda composta por dióxido de carbono, um gás do efeito estufa que eleva a temperatura de lá a quase 500ºC. Enormes nuvens de ácido sulfúrico se deslocam a 350 quilômetros por hora, causando tempestades ácidas. Tudo isso pode ajudar os cientistas a entenderem as mudanças climáticas na própria Terra.



Durante trânsitos anteriores de Vênus, os cientistas puderam calcular o tamanho do Sistema Solar e a distância entre o Sol e seus planetas. O trânsito de terça-feira é apenas o oitavo desde a invenção do telescópio, e será o último até 10/11 de dezembro de 2117. Esse é também o primeiro trânsito ocorrido na presença de uma sonda terrestre em Vênus. 

Observações da sonda europeia Express serão comparadas às dos vários telescópios terrestres e espaciais. E, naturalmente, não poderia faltar um aplicativo para astrônomos amadores. Quem tiver celulares com sistemas Apple ou Android poderá baixar um programa gratuito para aprender mais sobre o trânsito, interagir com observadores e acompanhar em tempo real o trânsito ao redor do mundo. O aplicativo está disponível em vários sites, inclusive http://tov2012.esri.com/, http://transitofvenus.nl/wp/ e http://www.eclipse-maps.com. 
Este é com certeza o acontecimento astronômico mais importante de 2012 ( também conhecida como a conjunção inferior de Vênus com o Sol ),chamada de “trânsito de Vênus”, que ocorrerá no dia 5 de junho, quando o planeta mais próximo da Terra poderá ser visto por poucas horas eclipsado, com auxílio de telescópio, a partir de alguns lugares em nosso planeta. Trata-se de um evento de grande raridade. Somente algumas gerações são privilegiadas com tal oportunidade, pois ocorre apenas um par dessas conjunções especiais a cada oito anos, num intervalo de um pouco mais de um século (121,5 anos).
Foto de Vênus em 2004

É grande o interesse que o trânsito de Vênus pelo Sol sempre despertou nas sociedades científicas astronômicas, pois, como a “vara do agrimensor”, permitia a aplicação direta das antigas regras da geometria euclidiana para a medição e correção das distâncias entre o Sol e a Terra, e o tamanho de nosso universo: a paralaxe. A ocultação de 1761 levou à criação da Unidade Astronômica e, com isso, foi possível aprimorar a precisão dos cálculos. Séculos atrás, expedições se lançaram ao mar em busca de um ponto ótimo para observação desse fenômeno. Pessoas morreram em algumas dessas expedições e muitos astrônomos sentiram se frustrados por não terem nascido em épocas em que pudessem observar os trânsitos de Vênus e confirmar suas predições.

Também para a astrologia esse evento tem grande significação, primeiro porque amplia o campo de percepção da matriz de tempo, revela a existência de ciclos dentro de ciclos, liberta o planeta Vênus da moldura limitada de significados pessoais até então atribuídos a ele, tais como amor, prazer, sedução, sensibilidade, relacionamentos, busca de harmonia ou expressão de arte e beleza, arquétipos e deusas femininas, incluindo os câmbios de valores, dinâmicas e movimentos de mudanças sociais e da consciência humana, dos sistemas de crenças e modo de pensar e sentir que matizam a época que se segue ao trânsito. Por milhares de anos esses pares de ocultações ocorrem em Gêmeos, alternando Sagitário, signos relacionados com o eixo do pensamento e formação da visão e de significado, onde se encontram os seus nodos (http://eclipse.gsfc.nasa.gov/transit/catalog/VenusCatalog.html).

Os ciclos de Vênus com o Sol foram particularmente registrados em tábuas de argila pelos antigos mesopotâmios e também nos calendários maia e asteca, com impressionante precisão. Os antigos povos de Mesoamérica e México Central levantaram gigantescos observatórios astronômicos, pirâmides e templos, prioritariamente para rituais e observações dos planetas, em particular de Vênus, que era representado por cinco diferentes deuses guerreiros (Quetzalcoatl entre os Maias, e Kukulcán entre os Astecas) que traziam augúrios para os períodos de seus cursos celestes, sinalizando os momentos de sua aparição matutina e vespertina. Cada curso tem a duração de um ciclo completo de 584 dias, repetindo-se de oito em oito anos. As cinco conjunções inferiores de Vênus com o Sol, que ocorrem a cada oito anos, quando marcadas nos graus zodiacais desenham com perfeição uma estrela de cinco pontas e sugerem que os atributos de Harmonia e Beleza derivam da observação dos ciclos da natureza, que antecede e dá origem ao Mito: Afrodite nasce de dentro de uma concha que faz alusão ao Nautilus, o molusco que se desenvolve em uma espiral logarítmica que obedece a mesma proporção áurea do pentagrama, não alterando o seu padrão de crescimento, a conhecida série de Fibonacci: 1+1=2; 2+1=3; 3+2=5; 5+3=8; 8+5=13; 8+13=21; 21+13=34...



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